segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Futuro garantido para o Android

Em uma cartada de mestre, o Google comprou o braço de telefonia móvel da Motorola e as suas 12,5 mil patentes por US$ 12,5 bilhões, no início da última semana, e deu um sinal para a Apple que não está para brincadeira no mercado de aparelhos móveis inteligentes, os smartphones. A concretização da oferta para a aquisição de parte da Motorola, uma empresa que tem a história ligada à evolução dos telefones celulares, é um elemento fundamental para a perenidade do sistema operacional do Google, o Android.
Fora da nuvem

Este é o primeiro investimento em produção de hardware do Google, uma empresa que se notabilizou em vender coisas intangíveis pela nuvem da web e de ganhar dinheiro com publicidade, interpretando informações privilegiadas sobre como e o quê você, eu e todo mundo pesquisa na web, comunica em seu Gmail e vê em seus mapas digitais.
Busca de identidade

Para concorrer com as características bem definidas dos produtos da Apple neste ramo, o Google também precisava entrar na produção dos aparelhos, pois o Android, por ser livre para mudanças nas suas versões criadas pelos outros fabricantes, corria o risco de uma fragmentação descontrolada diante da concorrência marcada pela uniformidade do OS (sistema operacional) da Apple.
Escolha a dedo

Em um mercado em que as principais empresas produtoras de aparelhos está na Ásia, o Google escolheu uma gigante norte-americana do setor para fixar sua bandeira na produção de aparelhos. Depois de criar os modelos Nexus, precursor do Android, em parcerias com as sul-coreanas HTC e Samsung, o Google optou por adquirir a empresa que deu o primeiro grande impulso para popularizar o Android, com o Milestone. A empresa recém-adquirida também tem um histórico de criação de ícones nesta breve história da telefonia móvel, popularizada a partir do fim da década de 90. Basta lembrar o “tijolão” Startac nos primórdios da telefonia móvel e o V3, primeiro “hit” entre os aparelhos de telefone celular na virada do Milênio.
Patentes às pampas

Além da expertise na produção de hardware, o Google leva nesta negociação bilionária 12,5 mil patentes para utilizar no ramo de aparelhos de telefonia móvel. Em um mercado marcado pelas brigas judiciais por patentes, este é o grande trunfo da negociação para o Google. Havia o risco de o crescimento do sistema operacional Android ser barrado pela falta de autorização para embutir inovações cada vez mais rápidas e constantes nestes aparelhos inteligentes. Pelo menos em seus comunicados, as empresas parceiras na produção de telefones com Android, como Sony Ericsson, HTC, LG e Samsung, deram boas-vindas à entrada do Google neste segmento de hardware. Analistas avaliam que o Google poderia privilegiar a Motorola, refinando o sistema operacional para os seus próprios produtos. O Google, no entanto, se adiantou em afirmar que o software do Android continuará livre para uso de terceiros e que a Motorola não terá privilégios. Será mesmo?

Na mesma semana que foi noticiada a sua aquisição pelo Google, a Motorola Mobility lançou no Brasil o terceiro modelo da série Milestone, um dos dispositivos que ajudaram a popularizar o Android no mundo. O telefone, que mistura tela sensível ao toque com teclado QWERTY embutido, ganhou um processador dual-core e ficou mais fino e elegante. O Android está na versão 2.3 (Gingerbread) e o preço sugerido é de quase R$ 2 mil.

Via: http://www.correiodeuberlandia.com.br/artec/2011/08/21/futuro-garantido-para-o-android/

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